Atualizado em 11/01/2023 por Pedro Moraes
O velório de Pelé ficou marcado por vários fatores, como por exemplo, a comoção geral de fãs e familiares do ex-craque do futebol mundial. Aliado a isso, um detalhe que também chamou a atenção do público foi a ausência de personalidades do meio futebolístico, entre elas o ex-jogador Walter Casagrande Jr.
Para justificar sua ausência, Casagrande explicou que evitou a emoção como modo de não ter recaídas emocionais. Ele citou a falta de comparecimento ao velório dos pais e de outros amigos, como Sócrates, companheiro de Corinthians.
“Para mim foi muito chocante, apesar de saber que podia acontecer (a morte de Pelé, que estava internado desde 29 de novembro) por conta das notícias. Foi muito impactante. Todo mundo sabe que sou dependente químico, fiquei internado por um ano. Estou muito bem, não bebo, não fumo, estou distante das drogas, mas eu tenho umas regras que tenho que colaborar para que eu me mantenha (bem)”, destacou Casagrande, em entrevista ao site “SportBuzz”,
“Eu não corro risco de recaídas para drogas, mas corro riscos de recaídas emocionais. No tratamento que tenho hoje, uso antidepressivo, ansiolítico, antipsicótico e estabilizador de humor. Tudo isso para que eu não tenha queda emocional. Eu fiquei muito tempo congelado por conta das drogas e, quando eu voltei limpo e comecei a ver a vida como ela é, as emoções passaram a bater muito fortes”, iniciou Casagrande Jr.
“E eu não fui ao velório do Pelé exatamente por isso. Eu não vi o meu pai no caixão, que morreu em 2020, não vi a minha mãe, não vi o Sócrates. A última pessoa (que vi em velório) foi o Marcelo Fromer lá em 2001, mas também não vi muito. Com a morte de Gal (Costa) eu chorei muito, com o Jô (Soares), Rolando Boldrin e Isabel. E aí veio o Pelé. Não é uma justificativa (a ausência no funeral), é uma realidade dos fatos. E eu cuido disso exatamente para não ter queda emocional”, acrescentou.