O dólar em alta faz com que haja maior aceitação de criptomoedas do tipo stablecoins, dado que, conforme o dólar sobe e criptomoedas como o Bitcoin e a Ethereum caem, os investidores do universo cripto buscam por opções mais estáveis, que possam satisfazer também órgãos de regulação em seus países de origem.
De acordo com os criadores da principal stablecoin referenciada em euro, a EURST, manter reservas em stablecoins é a melhor forma de estabelecer a confiança tanto entre usuários quanto entre órgãos de regulação.
Como está caminhando ao redor do mundo o processo de regulação de stablecoins?
De acordo com especialistas do mercado financeiro e, sobretudo, de acordo com especialistas em criptomoedas, é apenas uma questão de tempo para que as stablecoins sejam de fato regulamentadas pelas principais economias do mundo.
No entanto, são muitas as vozes que ainda se posicionam contra a utilização das stablecoins algorítmicas, que não são consideradas seguras e que podem, em virtude disso, serem banidas do mercado de forma completa.
Algumas stablecoins já funcionam e operam no mercado com garantia de fundos de criptomoedas, o que acaba por funcionar muito bem até o presente momento. No entanto, se a criptomoeda cuja stablecoin está fixada acaba por cair demais em sua cotação ou se estiver associada, de alguma forma, a uma atividade criminosa, acabará por causar mais complicações para a stablecoin e sua paridade.
Nesse momento, as sanções que estão em vigor nos Estados Unidos contra o Tornado Cash, um misturador criptográfico, representam um novo precedente que pode acabar por indicar que haverá uma aplicação um tanto mais rigorosa por parte dos órgãos de regulação.
Tomando como exemplo disso, os emissores de stablecoins com garantia de criptoativos mistos, como o MakerDAO, por exemplo, são obrigados a excluir suas garantias conectadas aos endereços da lista que fora sancionada.
Nesse cenário, são muitos os indícios de que mais cedo ou mais tarde os órgãos reguladores atuarão banindo stablecoins algorítmicas ou, ainda, aquelas chamadas cripto-colaterais. Isso contribuirá com a adoção, pelo mercado, de moedas com garantias fiduciárias.
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O próprio dólar pode ser um fator de complicação para as stablecoins lastreadas em fiat
Para que uma stablecoin possa se manter como estável é necessário que ela permaneça sempre fixada em paridade de um para um com a moeda fiat na qual ela é indexada.
Qualquer variação que ocorra nesse sentido pode fazer com que a criptomoeda acabe sendo liquidada, fazendo com que um colapso ocorra, tal qual sucedeu com a UST, por exemplo.
As variações do dólar fazem com que haja maior incidência de risco para stablecoins que dependem de reservas fiduciárias, aumentando a pressão de venda desses ativos em diferentes exchanges, que podem até mesmo travar processos de compra e de venda para resguardar seus ativos.