Atualizado em 27/05/2022 por Pedro Moraes
Rara e com nomeação “varíola do macaco”, a doença contagiosa tem se espalhado pelo mundo. No geral, mais de 250 casos foram relatados em no mínimo 16 países, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com especialistas, a doença tem como causa o contato próximo e prolongado com pessoas infectadas.
“Os países que estão relatando a varíola agora são países que normalmente não têm surtos de varíola”, frisou Rosamund Lewis, chefe do secretariado de varíola do programa de emergências da OMS, na última terça-feira (24), durante uma entrevista à imprensa nas Nações Unidas (ONU), em Genebra.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola dos macacos (Monkeypox) é endêmica nas proximidades de florestas tropicais como as localizadas na África Central e Ocidental, porém aparecem com frequência nas regiões de áreas urbanas.
“Esta é uma doença emergente. Tem surgido nos últimos 20 a 30 anos, (portanto) não é desconhecida, é muito bem descrita”, relatou Lewis à imprensa.
“O risco para o público em geral, portanto, parece ser baixo, porque sabemos que os principais modos de transmissão foram os descritos no passado”, acrescentou.
O primeiro caso de varíola dos macacos em 2022, nos Estados Unidos, foi diagnosticado em um paciente hospitalizado em Massachusetts. Ele havia embarcado para o Canadá em transporte particular.
“Esses números ainda são pequenos; queremos que as pessoas estejam cientes dos sintomas e, se tiverem alguma preocupação, procurem seu médico”, relatou o cirurgião-geral dos EUA, Vivek Murthy, em entrevista ao Novo Dia, da CNN, na última quinta-feira (26).
Os principais sintomas da varíola dos macacos são semelhantes aos da gripe. Febre, calafrios, exaustão, dor de cabeça e fraqueza muscular são alguns deles.