Atualizado em 20/05/2022 por Pedro Moraes
O Fundo Monetário Internacional revelou, por meio de estimativas, que os brasileiros vão sofrer uma grande perda de renda em comparação com as grandes economias globais. A principal razão é o encerramento de escolas na pandemia.
Uma das projeções negativas é de que, caso o aprendizado incompleto permaneça durante a crise sanitária, o rendimento médio da atual geração possa chegar a 9,1%.
Com a análise, o Brasil ficaria na terceira pior colocação entre os países residentes do G20. Apenas a Indonésia (9,7%) e México (9,9%) lideram a lista.
Conforme o relatório, divulgado na última terça-feira (17), o impacto da pandemia na educação não possui precedentes.
Sendo assim, os efeitos na economia tais quais na desigualdade e na renda da população vão poder ser sentidos por muito tempo.
Entre 2020 e 2021, as interferências nas escolas atingiram 1,6 bilhão de estudantes em escala mundial.
Países emergentes têm sentido ‘na pele’ os efeitos da mudança educacional, sobretudo aqueles com populações vulneráveis.
“Se não for abordado, o consequente impacto no capital humano reduzirá os níveis de qualificação e a produção agregada nas próximas décadas —com maior desigualdade”, cita o documento.
De acordo com o FMI, diversas economias do G20 detectaram uma redução de resultado em testes de desempenho.
Além disso, houve uma redução incisiva na quantidade de matrículas em todos os graus de ensino e riscos de evasão.
Mediante projeções demográficas, a geração de alunos afetados retratará em 40% da população com idade ativa nas economias do G20 nas próximas décadas.
Ainda assim, as estimativas descaram efeitos secundários, como redução na oferta de empregos. Nesse sentido, há chances do impacto ser ainda maior.