Atualizado em 06/01/2023 por Ana Luiza

O órgão regulador das Bahamas responsável por fiscalizar o mercado de valores mobiliários, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil, anunciou que apreendeu ativos digitais no valor de US$ 3,5 bilhões em uma operação da FTX em novembro.

A bolsa de criptomoedas entrou em colapso na ocasião. Gerentes da FTX disputam o valor anunciado, afirmando que os ativos valiam US$ 296 milhões quando foram transferidos ou US$ 167 milhões corrigidos pelos preços atuais à vista.

Christina Rolle, CEO do órgão regulador das Bahamas, disse em uma declaração pública que a comissão assumiu o controle dos criptoativos da FTX Digital Markets no mês passado, após o cofundador da FTX, Sam Bankman-Fried, informar às autoridades locais sobre uma tentativa de hacking.

Bankman-Fried também confirmou em um depoimento sob juramento arquivado na Suprema Corte das Bahamas que o órgão regulador o usou e outro cofundador da FTX, Gary Wang, para realizar as transferências.

A declaração de Christina Rolle, CEO do órgão regulador das Bahamas, revela detalhes sobre como os reguladores agiram quando a FTX, que operava um câmbio condenado nos EUA, entrou em colapso, incluindo a transferência de seus ativos locais para carteiras controladas pelo governo. Segundo Rolle, os tokens foram avaliados em US$ 3,5 bilhões no momento da transferência.

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Sam Bankman-Fried, ex-CEO da FTX, irá se declarar como inocente em uma audiência junto ao juiz na próxima semana

O criador da corretora de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, vai se declarar inocente das oito acusações federais que enfrenta durante uma audiência judicial na próxima semana, relacionada à falência da exchange.

Uma reportagem do Wall Street Journal publicada no sábado (31) afirma, com base em uma fonte familiarizada com a situação, que Sam Bankman-Fried, o criador da corretora de criptomoedas FTX, vai se declarar inocente das oito acusações federais que enfrenta durante uma audiência judicial.

Na próxima terça-feira (3), durante uma audiência em Nova York, Sam Bankman-Fried, o criador da corretora de criptomoedas FTX, espera-se que apresente pessoalmente sua declaração de inocência em relação às oito acusações federais que enfrenta, relacionadas à falência da exchange.

A corretora de criptomoedas FTX entrou em colapso em novembro do ano passado devido à liquidação do token FTT e à crise de liquidez da empresa. Segundo alegações, a exchange teria permitido que a subsidiária Alameda Research, fundada também por Bankman-Fried e supostamente uma empresa separada, obtivesse ampla liquidez com “isenções secretas” das regras de liquidação.

A subsidiária da FTX, a Alameda Research, teria usado bilhões de dólares em fundos de clientes da corretora para cobrir as perdas em seu próprio balanço após a queda de preços na criptomoeda no verão passado.

Após o colapso da FTX, Sam Bankman-Fried, o criador da corretora, afirmou em várias entrevistas que a crise de liquidez se deu por erros e má administração, mas negou ter intencionalmente infringido a lei ou enganado os investidores.

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