Atualizado em 12/10/2023 por Ana Luiza
As autoridades israelenses confirmaram a apreensão de criptomoedas pertencentes ao grupo Hamas, sem, no entanto, divulgar os valores confiscados. Entretanto, uma análise conduzida pela Elliptic revela que os terroristas acumularam cerca de R$ 474 milhões em criptomoedas nos últimos anos.
A saga do Hamas com as criptomoedas teve início em janeiro de 2019, mas teve movimentações significativas a partir de maio de 2021, coincidindo com o recrudescimento do conflito na região.
Doações de Bitcoin para o grupo terrorista Hamas atingiram o pico em maio de 2021, alcançando valores significativos em dólares.
A campanha de angariação de fundos do Hamas, inicialmente tímida nos primeiros dois anos, ganhou ímpeto durante o último conflito armado contra Israel, elevando o saldo de suas carteiras de poucos milhares de dólares para impressionantes US$ 7,3 milhões.
A Elliptic, além de rastrear o Bitcoin, também identificou transações com Ethereum (ETH), Tron (TRX), Tether (USDT) e até Dogecoin (DOGE). Em maio de 2022, as carteiras do Hamas atingiram seu auge, captando quase US$ 10 milhões em doações.
Em relação à recente diminuição das doações, a Elliptic destaca que o Hamas encerrou a aceitação de criptomoedas em abril deste ano, citando a transparência da blockchain como uma vulnerabilidade que facilitaria tanto a identificação de apoiadores quanto o rastreamento dos fundos.
No entanto, a Elliptic alerta que o Hamas poderá retomar a aceitação de criptomoedas devido à escalada do conflito atual. O grupo tem tentado usar contas em exchanges de criptomoedas até o momento, apesar das ordens de congelamento israelenses.
De qualquer forma, a transparência do Bitcoin e outras criptomoedas parece representar um grande desafio para os terroristas e seus apoiadores, levantando a possibilidade de que recorram a métodos financeiros tradicionais para financiar suas atividades.
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