Atualizado em 03/05/2024 por Ana Luiza
Em março, brasileiros importaram US$ 1,751 bilhão (R$ 8,6 bi) em criptoativos, estabelecendo um novo recorde, revelou o Banco Central. Esse valor impulsionou as importações do primeiro trimestre de 2024 para US$ 4,689 bilhões, um aumento de 118% em relação a 2023.
Essa movimentação, refletida nas transações entre não residentes e residentes no Brasil, coincide com o excelente desempenho das criptomoedas no início de 2024, especialmente o Bitcoin, que atingiu sua máxima histórica acima de US$ 73 mil.
A aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), em 10 de janeiro, dos ETFs de Bitcoin à vista, desencadeou uma onda de valorização, estimulando grandes compras de BTC pelas gestoras e a subsequente aquisição de criptomoedas por investidores globais.
Essa tendência é confirmada pelos dados do Banco Central, que mostram um aumento significativo nas importações brasileiras de criptoativos.
Exportações também aumentam
As exportações brasileiras de criptoativos também aumentaram em março, atingindo US$ 202 milhões, dez vezes mais que o ano anterior. No acumulado do trimestre, as exportações subiram sete vezes, alcançando US$ 348 milhões.
Essa dinâmica de compra e venda de criptoativos pelos brasileiros reflete as normas do Banco Central, que equiparam a compra de ativos digitais à importação de bens e a venda à exportação, seguindo diretrizes internacionais.
A expectativa agora está nos dados de abril, que serão divulgados em breve. Após os recordes do primeiro trimestre, a queda de mais de 14% do Bitcoin no mês passado provavelmente se refletirá em uma redução nas importações e exportações de criptoativos.