Atualizado em 20/04/2022 por Pedro Moraes

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, na última terça-feira (19), a pretensão de incluir o gás de cozinha nos itens da cesta básica brasileira. A intervenção incluiria a preservação do preço do insumo.

“Durante todo o período do meu governo, nós não aumentamos o preço do gás na Petrobras. O gás tem que ser considerado um bem da cesta básica. É isso que temos que fazer. Lamentavelmente, nós não temos governo. É preciso a gente reconstruir a governança e fazer com que esse país viva bem”, destacou Lula, em entrevista à rádio Conexão 98 FM, de Palmas (TO).

Em outro momento, o petista retomou as críticas ao alto preço dos combustíveis e do gás de cozinha em função da vinculação ao dólar.

Nesse caso, ele voltou a defender a tentativa de “abrasileirar” o preço dos derivados de petróleo e de gás.

Na concepção do ex-mandatário do Brasil, os altos valores têm origem na “irresponsabilidade governamental”.

“Brasil não tem nenhuma necessidade de ter preço vinculado ao dólar e ao preço internacional. […] Não tem sentido alguém pagar R$ 122 num botijão de 13 quilos de gás e ter gente cozinhando no meio da rua em São Paulo e no Rio de Janeiro com tijolo e lenha porque não tem dinheiro para comprar o gás”, analisou.

Lula salientou que a paridade de preços com o dólar existe somente para ampliar os dividendos de acionistas.

Além disso, ele defendeu que parte desse montante precisaria ser reencaminhado na própria Petrobras.

Indagado acerca da possível alteração na política de preços da Petrobras sem instaurar uma crise institucional com os acionistas da empresa, Lula aconselhou o país a eleger um presidente com credibilidade interna e externa, e previsibilidade das ações futuras.

“Quando anunciar à nação, as pessoas vão acreditar”, finalizou.