Atualizado em 05/04/2023 por Ana Luiza
O empresário Mark Zuckerberg mudou o nome da empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp para Meta em outubro de 2021, com o objetivo de promover o Metaverso, um ambiente de universo digital, como sua nova aposta.
No entanto, em março de 2023, a empreitada foi abandonada pelo bilionário, apesar de um investimento de mais de US$10 bilhões.
Embora a empresa Facebook continue sendo uma das mais lucrativas do mundo, a aposta da Meta no Metaverso, vendida como o futuro da comunicação e interação no mundo digital, foi frustrada.
Segundo o professor Rodrigo Silva, da Faculdade de Computação e Informática do Mackenzie, a Meta investiu US$100 bilhões em algo que ninguém sabe exatamente o que é, nem mesmo a própria empresa, que não revelou qual seria o modelo de negócios para a empreitada.
O Metaverso é um ambiente virtual em que as pessoas poderiam interagir e criar conteúdo, mas sua viabilidade e rentabilidade ainda são incertas.
Além disso, o fato de a Meta ter feito um investimento tão significativo em uma ideia ainda em desenvolvimento foi considerado uma aposta arriscada e sem garantias.
Embora a mudança de nome para Meta tenha sido uma jogada de marketing ousada, parece que a aposta não se concretizou em uma realidade viável.
Será que não deu certo mesmo ou o metaverso só ainda não deu certo?
No contexto de um mundo emergindo da pandemia de Covid-19, a possibilidade de as pessoas passarem mais tempo em casa impulsionou o conceito do Metaverso.
Essa plataforma seria uma extensão da vida real, permitindo que os usuários interagissem com avatares, negociassem itens, casassem e comprassem propriedades virtuais.
No entanto, apesar das promessas dessa tecnologia, ela não alcançou a adoção em massa que muitos esperavam.
O especialista em tecnologia Arthur Igreja oferece algumas razões pelas quais o Metaverso ainda não decolou. Uma delas é o alto custo e a complexidade da tecnologia.
O headset necessário para acessar o Metaverso ainda não é tão confortável quanto deveria ser, o que pode afastar muitos potenciais usuários. Além disso, Igreja argumenta que a experiência imersiva só faz sentido se as pessoas puderem encontrar seus amigos e conhecidos dentro da plataforma.
Como o Metaverso ainda é adotado principalmente por early adopters, não há um grande movimento de usuários, o que dificulta a viralização da plataforma.
Apesar desses desafios, o Metaverso continua sendo uma possibilidade emocionante para a tecnologia no futuro. À medida que a tecnologia se torna mais acessível e confortável, mais pessoas podem adotá-la.
Além disso, à medida que as pessoas passam mais tempo em casa, a necessidade de formas inovadoras de interação social pode tornar o Metaverso ainda mais atraente. Embora ainda haja muito trabalho a ser feito para que a tecnologia se torne uma realidade comum, o futuro do Metaverso é promissor.
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