Atualizado em 28/05/2022 por Ana Luiza
No último dia 26, às 6h28, uma publicação no Twitter, na conta oficial e verificada do Museu do Holocausto, trazia duas chaves para duas carteiras digitais distintas. Uma para receber em BTC e outra para receber em LTC. A publicação, no entanto, se trata de um ataque hacker, conforme o que a página, também verificada, do Museu no Instagram noticiou, alertando seus seguidores para não fazerem qualquer tipo de doação.
O Museu do Holocausto, sediado em Curitiba, é o primeiro museu do Brasil dedicado à conservação da memória a respeito do Holocausto. Sua abordagem busca, por meio da exposição dos fatos brutais que ocorreram durante a Segunda Guerra Mundial, se posicionar conta o ódio, a discriminação e todas as formas de preconceito, sejam motivados pela etnia, língua, orientação sexual, religiosidade ou cor da pele.
A ideia para a criação do Museu do Holocausto, em Curitiba, partiu de Miguel Krigsner, um empresário brasileiro, descendente de sobreviventes das ações perpetradas contra judeus, Testemunhas de Jeová, comunistas, poloneses, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais e, ainda, prisioneiros de guerra da extinta União Soviética, durante o período em que se deu a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente entre 1941 e 1945.
Aberto em 2011, o Museu do Holocausto se dedica à transformação da sociedade por meio da preservação do seu passado e recebe, sempre mediante a horários pré-agendados, visitantes de todo o mundo que buscam conhecer mais sobre a história de um dos mais terríveis períodos da nossa história.
Seu principal foco, no entanto, está relacionado à recepção de escolas públicas e privadas. Para esse público, em particular, o Museu do Holocausto tem orientação especializada, que busca, por meio de linguagem adequada, contribuir com a formação cidadã e mais humanizada.
Publicação no Twitter do Museu do Holocausto trata especificamente de doações em criptomoedas
Com um texto que traz a informação de que o Museu pode vir a encerrar suas atividades a qualquer momento devido à falta de fundos para o seu desenvolvimento, a publicação feita no Twitter rapidamente causou estranheza dos seus seguidores, sobretudo pela forma de solicitação de doação, que consistia na exibição de duas chaves para carteiras digitais que não constam no site do Museu, que tampouco exibe qualquer campo de pedido de doação.
Duas horas após a publicação da mensagem na conta do Twitter, o Museu do Holocausto publicou em sua página do Instagram que havia sido vítima de um ataque hacker, recomendando que ninguém faça qualquer tipo de transferência para as chaves citadas.
Ainda não se sabe se o ataque teve alguma motivação antissemita e não há informação a respeito das medidas cabíveis que o Museu do Holocausto tomará em relação à restituição de sua página no Twitter.
No horário da redação desta matéria, às 14h26, a publicação que solicita doações via carteiras digitais ainda está ativa na conta oficial do Museu.
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