Nubank se conecta ao Real Digital e Nucoin reage aos lucros de R$ 1,3 bilhão

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Nubank se conecta ao Real Digital e Nucoin reage aos lucros de R$ 1,3 bilhão

Atualizado em 18/08/2023 por Ana Luiza

O mercado de criptomoedas está novamente sob os holofotes, dessa vez concentrando sua atenção na evolução das Moedas Digitais Emitidas por Bancos Centrais (CBDC, na sigla em inglês) e nas oscilações do preço do Nubank Coin (NCN), após uma série de movimentos impactantes que envolveram a Nubank e a macroeconomia.

Na última sexta-feira (18), o Nubank anunciou um passo significativo ao iniciar testes práticos como parte de sua integração à plataforma-piloto do “Real Digital”, também conhecido como Drex.

Esta moeda digital é a versão brasileira da CBDC, operando na tecnologia Hyperledger Besu, escolhida pelo Banco Central do Brasil para suas transações. O Nubank, que recentemente finalizou a instalação de um nó na rede, adere a esse projeto com entusiasmo, fortalecendo sua conexão com a tecnologia blockchain.

Nubank se conecta ao Drex

O anúncio ocorreu em um momento sensível, logo após a divulgação do relatório do segundo trimestre e em meio a uma abrupta queda nas ações do Nubank (NU), que haviam alcançado um valor de US$ 7,14 (-6,54%). Essa correção foi desencadeada pela venda de 3% das ações da fintech pertencentes a seu CEO e fundador, David Vélez, ocorrida na última quarta-feira (16). Enquanto isso, o NCN, um token utilitário envolvido em um programa de cashback do Nubank, apresentava uma valorização, sendo negociado a R$ 0,096 (+9,86%).

Thomaz Fortes, líder das operações do Nubank Cripto, enfatizou a afinidade da fintech com a tecnologia blockchain, realçando o potencial que a bem-sucedida implementação do Drex possui para simplificar, assegurar e eficientizar as operações financeiras dos clientes. Fortes ressaltou a amplitude das possibilidades, como a transferência de posse de bens físicos, permitida pela inovação e evolução contínua das operações cotidianas.

Venda de ações gera lucros

Em relação à venda de ações, o Nubank realizou uma transação no valor de US$ 192,5 milhões, aproximadamente R$ 1,1 bilhão de acordo com a cotação do dólar americano. Os documentos submetidos à SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA, detalham que essa transação representa 0,5% do capital da empresa e teve objetivos específicos, incluindo o planejamento imobiliário de Vélez e o financiamento de empreendimentos filantrópicos.

Os acontecimentos coincidiram com a divulgação do balanço financeiro do Nubank referente ao segundo trimestre de 2023. Este documento revelou um lucro líquido de US$ 262,7 milhões (R$ 1,3 bilhão), contrastando com os US$ 17 milhões do mesmo período no ano anterior. A receita atingiu a marca de US$ 1,869 bilhão, representando um aumento trimestral de 15% e anual de 60%.

Quanto ao NCN, o token demonstrou resiliência, mantendo sua estabilidade frente às primeiras horas do dia, quando chegou a ser transacionado por R$ 0,094 (-10,51%). Contudo, em relação ao impressionante pico de valorização de 2.142% registrado na última segunda-feira (14), o NCN, que foi alvo de diversas versões falsas buscando se aproveitar da tendência de valorização, já havia corrigido cerca de 61% do ganho acumulado naquele dia, uma vez que a valorização total havia atingido 830%.

O Drex, por sua vez, estreou em 4 de agosto, quando o consórcio SFCoop, formado por cooperativas financeiras como Sicoob, Sicredi, Ailos, Cresol e Unicred, anunciou as primeiras emissões do Real Digital, em um marco importante para o cenário brasileiro de moedas digitais.

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