SEGA antiquada? Empresa se recusa a entrar para o “play-to-earn”

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SEGA antiquada? Empresa se recusa a entrar para o “play-to-earn”

Atualizado em 10/07/2023 por Ana Luiza

A renomada desenvolvedora de jogos Sega surpreendeu a todos recentemente ao anunciar uma mudança estratégica em relação ao uso da tecnologia blockchain em seus produtos. A empresa, responsável por títulos icônicos como Sonic the Hedgehog e Virtua Fighter, decidiu recuar em suas iniciativas de blockchain, citando a potencial desvalorização de seu conteúdo como principal motivo.

Shuji Utsumi, codiretor de operações da Sega, explicou que os consumidores não verão blockchain ou criptomoedas incorporadas em seus jogos no futuro próximo. A decisão veio como uma surpresa para muitos observadores do mercado, que esperavam que a Sega seguisse os passos de concorrentes como Ubisoft e Square Enix na exploração da tecnologia blockchain, NFTs e até mesmo criptomoedas.

“A mecânica de jogos em blockchain play-to-earn é chata. Qual é o objetivo se os jogos não são divertidos?”, questionou Utsumi, expressando sua visão crítica em relação aos jogos baseados em blockchain.

Segundo o executivo, a Sega está aguardando para ver se os produtos baseados em blockchain realmente se estabelecerão na indústria de jogos. Até lá, todas as iniciativas da empresa nesse setor serão pausadas.

Sega volta atrás com planos blockchain

A Sega começou a explorar o uso da tecnologia blockchain em seus jogos e franquias no ano passado e até registrou a marca Sega NFT no Japão em dezembro de 2021, durante o pico do mercado de criptomoedas. No entanto, a única incursão efetiva da empresa em jogos blockchain ocorreu em novembro passado, quando ela aparentemente fez parceria com o estúdio japonês double jump.tokyo para o desenvolvimento de um jogo de cartas baseado em blockchain na plataforma Oasys.

Embora muitos acreditem que a tecnologia blockchain tem o potencial de revolucionar a indústria de jogos, permitindo a propriedade e o comércio de ativos dentro dos jogos, nem todos estão convencidos dessa possibilidade. Entre as preocupações estão a supercomercialização, os ambientes de jogo do tipo play-to-play, a escassez artificial, problemas técnicos, design ruim e a acessibilidade limitada de conteúdo restrito.

A decisão da Sega certamente provocará debates e discussões dentro da indústria de jogos. Será interessante observar como outras empresas reagem a essa mudança estratégica e se a decisão da Sega será um sinal de que a tecnologia blockchain ainda precisa amadurecer antes de se tornar uma parte essencial dos jogos modernos.

Enquanto isso, os fãs da Sega terão que esperar para ver se a empresa mudará de ideia no futuro e retomará suas iniciativas envolvendo blockchain. Até lá, podemos apenas especular sobre o futuro dessa tecnologia e seu papel na indústria de jogos.

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