De acordo com especialistas brasileiros, será necessário que a Solana apresente um modelo de negócios mais bem-fundamentado para que seja possível se desvencilhar do colapso da FTX, uma das suas maiores apoiadoras.
No momento em que a exchange FTX, voltada para o mercado de criptomoedas entrou em colapso, ainda no início do mês de novembro, por conta de um rombo de bilhões de dólares em suas reservas – o que levou a um alto movimento de saques por conta dos seus clientes -, o seu token nativo, o FTT, foi o primeiro ativo virtual a receber a “porrada” que a crise desencadeou, caindo cerca de 70% em um intervalo de apenas 24 horas.
Mas, como era de se esperar, o FTT não foi o único ativo digital a sentir a onda de desvalorização do mercado, que atingiu em cheio também a Solana.
Com a crise da FTX, um dos gráficos que também afundou até o vermelho foi o da criptomoeda SOL – a Solana.
A Solana, até pouco tempo atrás, era vista pelo mercado como um dos projetos mais promissores, talvez a Ethereum killer mais poderosa entre todas as redes alternativas e focadas em contratos inteligentes.
No entanto, com a crise que se abateu sobre a FTX, a Solana foi esmagada, chegando a perder 40% do seu valor de mercado em um único dia. E, até o fim de novembro, a queda mensal chegava a 55%, o que é muito quando consideramos qualquer tipo de ativo financeiro.
Nesse ritmo de queda, a Solana, que era uma das dez maiores criptomoedas do mercado, chegou a ocupar a 14ª posição em termos de valor e, dessa forma, de relevância.
Por que a Solana está enfrentando esse período tão intenso de queda?
Observando o mercado é possível compreender quais foram os pontos positivos que fizeram com que a criptomoeda ocupasse uma posição respeitável entre as cinco maiores do mercado em termos de valor.
No entanto, é fácil compreender também como essas questões positivas da cripto ficaram em segundo plano quando a FTX, a corretora de criptomoedas de Sam Bankman-Fried, entrou em colapso: o CEO da FTX mantinha uma relação bastante íntima com o ecossistema da Solana.
Dessa forma, é possível alinhar o colapso da corretora ao maior movimento de queda da história da Solana, sobretudo porque a FTX tinha cerca de 9% de toda a oferta de mercado da SOL.
Dessa forma, quando a FTX entrou com o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, o mercado começou a liquidar suas cotas de Solana justamente pelo temor de que a corretora vendesse todos os seus tokens, o que seria arrasador para qualquer ecossistema de ativos virtuais, mesmo para os maiores do mercado, como Bitcoin ou Ethereum, como para qualquer outro ativo.
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