Atualizado em 05/09/2023 por Ana Luiza
Uma iniciativa notável vinda de entusiastas do Bitcoin (BTC) em El Salvador está prestes a escrever um novo capítulo na história financeira de Cuba. Pela primeira vez, o conhecimento sobre transações com a principal moeda digital descentralizada do mundo será exportado para a ilha caribenha, graças à determinação da iniciativa “Mi Primer Bitcoin”.
Em El Salvador, o programa “Mi Primer Bitcoin” tem desempenhado um papel crucial na educação da população local sobre os princípios fundamentais da moeda digital. Desde setembro de 2021, o BTC é uma moeda oficial no país, ao lado do dólar norte-americano. Uma decisão que tornou o Bitcoin uma opção atraente para muitos que dependem das remessas financeiras de familiares que vivem no exterior. Além das baixas taxas de transação, a segurança e a ausência de intermediários fizeram do Bitcoin a escolha preferida para receber ajuda de parentes distantes.
A proximidade geográfica entre El Salvador e Cuba, ambos situados na América Central, torna esta iniciativa especialmente significativa. Desde a adoção pioneira do BTC em El Salvador, a região tem se destacado por suas iniciativas pró-Bitcoin.
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🧵👇— Cuba Bitcoin 🇨🇺 (@Cuba_BTC) September 3, 2023
Evento educativo sobre Bitcoin quer alcançar mais países
A “Mi Primer Bitcoin” já capacitou mais de 300 mil salvadorenhos, oferecendo-lhes uma compreensão sólida do BTC. O programa também emitiu mais de 7.700 diplomas de cursos presenciais sobre Bitcoin. Agora, sua missão é estender o conhecimento às pessoas de Cuba, capacitando-as a utilizar uma moeda livre de interferência governamental.
Todos os alunos em Cuba terão a oportunidade de participar das aulas de Bitcoin de forma gratuita, com encontros semanais para promover a aprendizagem. Ao concluir o curso, os alunos terão acesso a uma carteira de Bitcoin e serão capazes de configurar seus próprios nós na rede.
“Mi Primer Bitcoin” é um exemplo notável de um programa educacional bem-sucedido que está se expandindo além das fronteiras de El Salvador e impactando positivamente a região.
Cuba enfrenta desafios econômicos significativos devido ao embargo dos Estados Unidos. Isso tem dificultado o comércio exterior e restringido as oportunidades de negócios das empresas cubanas sob o controle do governo socialista da ilha. A adoção do Bitcoin por algumas empresas em Cuba desde 2021 abriu portas para transações sem intermediários.
O governo cubano, percebendo a impossibilidade de controlar o BTC, tomou medidas para reconhecer e regular seu uso no país, apesar de uma parte da população já estar realizando transações sem supervisão.
A capacidade de acessar uma moeda global e realizar transações sem a interferência de governos ditatoriais continua sendo uma das principais vantagens do Bitcoin. À medida que a educação sobre criptomoedas se espalha em Cuba, a ilha caribenha está prestes a entrar em uma nova era financeira, desafiando as limitações impostas por décadas de embargo.
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