Atualizado em 12/05/2022 por Pedro Moraes
A carreira artística no Brasil envolve vertentes opostas, uma de sucesso meteórico e outra de ascensão gradativa, ou até mesmo, poucos trabalhos. Um exemplo de sucesso nacional e internacional é Rodrigo Santoro, referência na safra de atores brasileiros que conquistaram cadeira cativa em Hollywood.
Com sua primeira chance no mercado exterior em 2003, ele detalhou suas etapas de desenvolvimento sem separar a carreira como nacional e internacional.
“Quando comecei, não existia o streaming. Eu viajei para o exterior como consequência de um trabalho brasileiro. Ao contrário do que muitos pensam, não botei uma mochila nas costas e fui atrás da carreira internacional. Estava lançando Abril Despedaçado e tive oportunidades lá fora”, relembra ele, que celebra as chances que colegas como Bruna Marquezine e Maria Fernanda Cândido estão tendo fora do país também”, explicou, em entrevista à revista QUEM.
Segundo Santoro, a receita indicativa é a concentração e dedicação por completo ao trabalho que surgir como oportunidade na carreira, seja lá qual for a peça.
“Hoje abriu muito o mercado, o que é muito importante e bom. Vivemos um período mais democrático. Cada ator é um processo, mas o que eu fiz e deu certo foi sempre me concentrar nas pessoas e no projeto que eu ia trabalhar, independentemente de ser um trabalho daqui ou de fora. Tanto é que nunca mudei para o exterior. A minha visão é de uma estrada só. Tive oportunidade de trabalhar nos EUA, acabei de voltar da Espanha, estou com projeto no Brasil que ainda não posso falar… Continuo explorando oportunidades. Trabalho onde eu tenho oportunidade, não separo como carreira no Brasil e carreira no exterior. É um mesmo caminho”, avaliou.
Aos 46 anos de idade, o ator de participações em “Velho Chico”, “As Brasileiras”, “Lost” e “Mulheres Apaixonadas”, está com um projeto para ser lançado neste segundo semestre: Sem Limites (série espanhola, da Amazon Prime).
Responsável por protagonizar Fernão de Magalhães, o ator vai descobrir o Estreito de Magalhães na interpretação.
“Sem Limites é o próximo projeto. É um personagem histórico e especial. Faço Fernão de Magalhães, que conheci há pouco tempo, e a maioria das pessoas conhece apenas a superfície do que ele fez. Foi um processo incrível de pesquisa. Tive muito tempo para trabalhar porque começou antes da pandemia. É uma produção espanhola. Trabalhei com atores incríveis, entre eles o professor de La Casa de Papel, o Álvaro Morte. O mais importante é que um projeto que foi pensando em um tamanho muito grande. O espectador vai se surpreender com a história do Fernão. Ele descobriu o que se chama de Estreito de Magalhães, mas sua história vai muito além disso…. Eu me surpreendi e vai surpreender as pessoas. É um personagem com peso muito grande, um protagonista muito forte, diferente de tudo o que eu fiz”, comentou.
Natural de Petrópolis, no Rio de Janeiro, Rodrigo Santoro soma premiações como Grande Otelo, Prêmio APCA, Prêmio Qualidade Brasil e o Trophée Chopard do Festival de Cannes. O destaque internacional chegou por atuações nas séries de televisão Lost e Westworld.