Atualizado em 07/09/2022 por Ana Luiza
A Ethereum está em processo de lançamento do seu novo protocolo, chamado The Merge. Essa mudança irá alterar a forma como ocorre a validação dos seus blocos, alterando a atual prova de trabalho – proof of work – para prova de participação – proof of stake.
O The Merge deve acontecer nos próximos dias e, caso a versão de testes seja de fato bem sucedida, ocorrerá a implementação do protocolo proof of stake entre os dias 10 e 20 de setembro.
Se tudo ocorrer da forma esperada – que é bem, claro -, os principais analistas do mercado assumem que a Ethereum deverá concluir o seu ciclo de perdas e, com isso, atingir um novo patamar em termos de valorização.
No entanto, vale informar que, caso isso realmente ocorra, não devemos esperar por lucros estratosféricos logo após os primeiros dias da mudança de protocolo. Isso deve ocorrer gradualmente e podemos esperar alguns anos para que os efeitos do The Merge possam realmente ser sentidos.
De forma bastante prática, o que muda com a mudança de protocolo da Ethereum é a forma de emissão do Ether, a principal criptomoeda da rede e a segunda maior e mais importante do mercado. Essa mudança fará com que a forma que a rede de blockchain cria suas criptomoedas seja alterada. Da mesma forma, serão alteradas as forma de registro das informações na rede e, ainda, como as transações em criptomoedas são feitas.
O protocolo proof of work é um sistema bastante competitivo, em que o primeiro minerador que valida um bloco acaba por ser remunerado. Já o proof of stake funciona de forma diferente, pois o bloco é encaminhado para um minerador em particular, diminuindo a competição.
O que muda na Ethereum com o The Merge
As principais mudanças que irão ocorrer na Ethereum após o The Merge estão ligadas à forma como a mineração de Ether será feita.
Depois do The Merge, ao invés de uma disputa pela mineração de um bloco, como ocorre quando o protocolo é o proof of work, o que ocorre é a mineração que é proposta para um node validador específico, que, por um período de tempo, irá buscar pela “resposta correta” para o bloco.
Ao contrário, no entanto, do que ocorre com a prova de trabalho, a remuneração é um tanto quanto diferente. Ao invés do minerador conseguir, como recompensa pelo seu trabalho, duas criptomoedas, ele recebe apenas o custo da validação da criptomoeda.
Isso vai fazer com que haja diminuição na forma de emissão do ETH, o que fará com que a criptomoeda se valorize ao longo do tempo.
Com a redução do volume de criptoativos circulantes no mercado, a tendência natural é a de valorização da criptomoeda e, portanto, a mineração será ainda vantajosa para quem topar o desafio.