Foram poucas as pessoas no mundo que tiveram maior impacto – e responsabilidade, por assim dizer – na ascensão das criptomoedas na cultura pop dos últimos anos do que Sam Bankman-Fried. É com palavras mais ou menos como essas que a revista Time, uma das mais importantes de todo o mundo, abriu o perfil de Sam, o CEO da FTX.
O CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, figura entre as 100 maiores personalidades da lista “Titans” da TIME, liderada por Tim Cook, o atual CEO da Apple, e que reúne nomes como Oprah Winfrey, Kris Jenner, Sally Rooney e Hwang Dong-Hyuk.
Sam Bankman-Fried vem trabalhando de forma bastante comprometida para mudar a forma como o mundo, como um todo, enxerga o que são as criptomoedas, sobretudo por acreditar que elas, mais do que investimentos, podem significar uma mudança paradigmática na sociedade – e para melhor, vale dizer.
Seus pontos em relação às criptomoedas são totalmente cabíveis. Segundo o CEO da FTX, por meio do mercado de criptoativos conseguiríamos reduzir as desigualdades sociais, aumentando o nível de acesso de diferentes pessoas ao universo das finanças, que seriam, também, uma maneira de reduzir a pobreza, graças à reconhecida transparência que a blockchain tem como pressuposto.
Enquanto muitos bilionários dividem suas rotinas entre carros de luxo e viagens espaciais, Sam Bankman-Fried dorme em um pufe, no seu próprio escritório. Como forma de contribuir com esse mundo que ele acredita ser possível, se comprometeu publicamente a doar 99% de toda a sua fortuna para causas filantrópicas.
De fato, sua visão é bastante destoante do que costumamos ver em um mercado que tange ao hedonismo e nos enche de esperança pela concretização desse mundo.
O CEO da FTX é bastante certeiro ao afirmar que precisaremos de novas criptomoedas para viabilizá-las enquanto forma de pagamento. E que o Bitcoin não é uma delas
Sem querer ser alarmista: não, Sam Bankman-Fried não está nos falando que a mais importante e mais promissora das criptomoedas vai acabar ou que não nos serve para absolutamente nada. Sua visão a respeito do Bitcoin é muito mais sensata do que parece ser, sendo honesta.
A afirmação do CEO da FTX diz respeito à estrutura do Bitcoin, que não viabilizaria uma rede de pagamentos. Isso porque, seu mecanismo de consenso, chamado de PoW – proof-of-word – não conseguiria lidar com milhares de milhões de transações de forma simultânea. E a prova disso é a demora que o Bitcoin tem para atualizar nossas transações em exchanges, por exemplo.
Essa crítica ao Bitcoin também está relacionada ao seu alto custo energético, o que pode realmente ser devastador para o meio ambiente.
Dessa forma, a afirmação é bastante simples e clara: o Bitcoin não foi criado para ser uma rede de pagamento escalável, o que nos coloca diante de uma questão urgente, que é a criação de novas criptomoedas que possam ser capazes de oferecer isso para o mundo. E que começou, claro, com o Bitcoin.
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