Conheça o fenômeno das Florestas Fantasmas

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Conheça o fenômeno das Florestas Fantasmas

Atualizado em 06/05/2022 por Maria Clara

Nos últimos anos, governos concordaram com a necessidade de salvar o planeta e diminuir as taxas de emissão de carbono. Por causa disso, programas de reflorestamento foram desenvolvidos pelas nações e postos em prática.

Mas, o cenário que é visto ao visitar essas áreas de reflorestamento é muito diferente do idealizado. Muitas mudas não sobreviveram após o plantio e assim, foram criadas as florestas fantasmas que mais parecem com uma jogada de marketing do que uma preocupação com o meio ambiente.

A revitalização das áreas não foi feita de forma correta por diversos programas e suas metas estão longe de serem batidas. Porém, houve sim incentivo e gastos com as medidas que infelizmente, não vingaram.

No post iremos analisar 3 casos de programas diferentes e compreender mais sobre o que foi feito e o que está sendo deixado de lado.

Filipinas

O cenário nas Filipinas é desanimador. 90% das mudas que foram plantadas pelo Programa Nacional de Esverdeamento morreram, conta a cientista Jurgenne Primavera que foi analisar a área de Iloilo.

Isso aconteceu porque foram plantadas mudas ideais para riachos lamacentos e a área costeira de Iloilo é rodeada pelo manguezal. Apesar das boas intenções, a maior parte do projeto fracassou. O que poderia ser evitado se uma pesquisa correta fosse feita para o reflorestamento dos manguezais.

África

Na África a situação é um pouco diferente, mas os impactos ambientais de projetos gananciosos continuam sendo grandes. Na África dois projetos chamam a atenção. O Great Green Wall foi lançado em 2016 e tem como objetivos reflorestar florestas, relvas, pântanos e a vegetação até 2030. A sua meta é plantar cerca de um trilhão de árvores e atualmente somente 20 mil de hectares foram plantados – o que representa ¼ do projeto. O segundo projeto é o AFR100 que foi lançado em 2015 e tem como objetivo o reflorestamento da vegetação nativa da África, também com o prazo até 2030. Seus dados são incertos, ainda não se sabe o quanto foi feito do projeto, mas sua meta também é plantar 1 trilhão de árvores.

Em Moçambique as empresas que financiam o projeto AFR100 como Potucel e a Mazambique Holdings viram uma oportunidade de lucro. A área de reflorestamento foi aproveitada para ser usada como plantação de eucalipto e de borracha. A população local afirma que as medidas são insatisfatórias e que o desmatamento de eucalipto e o maquinário usado para transportar a madeira tornam as medidas ineficazes contra a produção de gás carbono. Ademais, alegam que foi desmatado a vegetação nativa para dar lugar a essas plantações de monocultura.

Índia

Em Uttar Pradesh foram plantadas milhões de mudas que vieram a morrer. Isso se deu pela falta de cuidado do governo e do projeto em nutrir as plantas, a área foi reflorestada, o equipamento necessário foi comprado e usado, porém a preocupação com o projeto acabou junto com as plantações. É necessário engajamento e interesse em manter as plantas vivas, num cuidado diário. Parece mesmo que a idealização do projeto é ficou atraente nas mídias mas que não houve interesse suficiente para o sucesso efetivo do projeto.

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