Atualizado em 28/08/2022 por Ana Luiza
O The Merge da Ethereum está avançando rapidamente, após anos de trabalho duro dos desenvolvedores.
A tão esperada transição do mecanismo fundador de validação de transações de prova de trabalho do blockchain para o comprovante de participação está agora prevista para o próximo dia 15 de setembro.
Nas semanas que antecederam o The Merge, houve um aumento notável nos volumes de negociação à vista de éter e nas apostas de derivativos, apostas dependendo de seu resultado, à medida que os comerciantes de muito dinheiro colocam capital substancial por trás de suas previsões.
A Ethereum fundiu com sucesso as redes de teste Ropston e Goerli, bem como 11 “shadow forks” — o mais recente dos quais ocorreu na semana passada antes de uma reunião dos principais desenvolvedores do protocolo.
Um cliente Ethereum “verifica os dados em relação às regras do protocolo e mantém a rede segura”, disse a Fundação.
A Mesclagem requer atualizações para clientes tanto na Beacon Chain — a nova camada de consenso de prova de participação (PoS) — quanto na camada de execução, clientes que atualmente executam aplicativos descentralizados (dapps) na rede principal de prova de trabalho (PoW) existente do blockchain.
Um obstáculo em Geth
Ao contrário de muitas blockchains, a Comunidade Ethereum deliberadamente encorajou várias equipes de desenvolvedores independentes a escrever software cliente.
Mesmo assim, na camada de execução, Geth — abreviação de Go Ethereum — atualmente é responsável por uma esmagadora maioria, 75%, de todos os nós Ethereum. A lógica por trás da promoção da diversidade de clientes estava em exibição quando a equipe da Geth descobriu um bug crítico no que deveria ser uma versão pronta para mesclagem.
O Ether diminuiu quase 3% em pouco tempo depois que as notícias da grande vulnerabilidade de segurança se espalharam na terça-feira.
O software foi rapidamente corrigido e não deve ter nenhum efeito adverso no Merge. A Ethereum Foundation impulsionou um programa de recompensa de bugs até 8 de setembro, destinando até US$ 1 milhão para desenvolvedores que descobrem bugs críticos relacionados à fusão.
O que acontece a seguir?
A Beacon Chain está programada para passar por uma atualização chamada Bellatrix em setembro. 6. Isso ativará a transição Mesclar na cadeia PoS.
A rede principal PoW não tem um tempo fixo para executar a Mesclagem, mas usa um termo técnico assustador – Dificuldade Total do Terminal – para determinar quando exatamente a magia acontece. Esse número agora está definido e coloca a melhor estimativa para a consumação dessas cadeias paralelas — conhecidas como atualização de Paris — logo após a 1:00 ET de setembro. 15.
O tempo exato flutuará com base no hashrate de mineração entre agora e então. Mas, até agora, o fim iminente da mineração PoW na Ethereum não afetou muito seu hashrate, que permaneceu estável entre 900 e 950 terahashes por segundo (Th/s).
Os mineradores têm um incentivo financeiro para continuar processando transações Ethereum até o último segundo antes da fusão – portanto, embora se espere alguma liquidação da mineração, é improvável que atrase significativamente as coisas.
Se Artemis 1 encontrar obstáculos na segunda-feira durante sua primeira janela de lançamento de duas horas, ele terá mais duas chances, em 2 e 5 de setembro, de fazer tudo. Como esta viagem inaugural não é tripulado, se também der errado, a única vítima é o dinheiro.
O design da Ethereum dá aos desenvolvedores mais margem de manobra para atrasar a mesclagem, se necessário. Um valor de mercado de US$ 200 bilhões está em um lançamento suave.
No entanto, se a história recente for um guia, o relógio cairá inexoravelmente em direção ao futuro politicamente palatável e energeticamente eficiente da Ethereum. Uma missão lunar criptográfica para a qual todos, exceto os mineiros PoW, estão a bordo.