Atualizado em 03/05/2022 por Pedro Moraes
O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) apontou, na última segunda-feira (2), ser a favor da liberdade de imprensa. Conforme dito em entrevista à CNN Brasil, ele enfatizou que é “contra o controle social da mídia”. Na visão do ex-magistrado, a moderação corresponde a uma medida “disfarçada” de retomar o processo de censura.
“A imprensa merece críticas, isso faz parte da liberdade de expressão, mas sem baixar nível de ficar ofendendo jornalistas”, afirmou mostrando contrariedade a ataques a jornalistas.
O ex-juiz também evidenciou que um defensor da política de restrição da mídia é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): “Vai ter um conselho de jornalistas indicado por partidos, por sindicatos para controlar o que a imprensa vai falar, vai transmitir?”, questionou.
Como forma de resposta ao posicionamento de Moro, a assessoria de Lula encaminhou uma nota à emissora, alegando que o ex-ministro “mente e é parcial”, uma vez que o petista “defende uma discussão no Congresso sobre a atualização da lei de regulação dos meios eletrônicos de comunicação”.
Acerca das diretrizes de Lula sobre a imprensa brasileira, o ex-mandatário já comentou em vários momentos sobre a regulação da mídia on-line. Na última semana, o petista frisou a youtubers que a proposta é “adequar as necessidades da sociedade” e combater a “indústria de fake news”.
Eleição sem cargo divulgado
Em outro momento da entrevista, Sérgio Moro revelou que vai se candidatar em outubro. No entanto, o ex-juiz sequer anunciou qual função pretende assumir.
Ainda no ano passado, ele evidenciou sua proposta em disputar a Presidência da República por meio do seu antigo partido, o Podemos. Por outro lado, no fim de março, migrou para o União Brasil.
Apesar disso, em abril, a legenda divulgou Luciano Bivar como candidato ao Planalto, inibindo as possibilidades de Moro disputar a Presidência.
“Eu sou um soldado da democracia, jogo em qualquer posição. O importante é a gente voltar a crescer”, afirmou Moro.