Robinhood tem 2,4 bilhões de reais apreendidos em forma de ações de propriedade da FTX

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Robinhood tem 2,4 bilhões de reais apreendidos em forma de ações de propriedade da FTX

Atualizado em 12/01/2023 por Ana Luiza

A apreensão de 55 milhões de ações da corretora Robinhood (HOOD) no valor de mais de US$ 456 milhões foi realizada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, pertencentes aos cofundadores da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF) e Gary Wang, que equivale a cerca de R$ 2,4 bilhões.

O processo judicial, datado de 6 de janeiro, aponta que as ações foram apreendidas por serem consideradas como propriedade relacionada a lavagem de dinheiro ou violações de fraude eletrônica.

A apreensão das ações da corretora Robinhood (HOOD) pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos aconteceu poucos dias após relatos de que as autoridades estavam considerando tal medida como parte do grande processo judicial movido contra um ex-executivo da FTX, que é acusado de uma série de crimes incluindo fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

Segundo informações, o cofundador da FTX, Sam Bankman-Fried, comprou as ações da Robinhood com recursos provenientes de um empréstimo da Alameda Research, empresa irmã da FTX. Ele e outro cofundador da FTX, Gary Wang, participaram da compra conjuntamente. Bankman-Fried detém 90% da propriedade das 55 milhões de ações, enquanto que Wang tem os restantes 10%.

De acordo com os relatos, utilizando os recursos emprestados pela Alameda, os cofundadores da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF) e Gary Wang, abriram uma empresa controlada pelo ex-CEO da FTX para adquirir 7,6% da Robinhood, mas acusa-se que eles teriam utilizado os fundos de clientes da FTX para financiar essa operação, o que é uma das principais acusações feitas pelo Ministério Público contra SBF.

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Conheça quais são as disputas em curso pelas ações da Robinhood

Na semana passada, um advogado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirmou que o órgão estava apreendendo as ações da Robinhood relacionadas à FTX. Em resposta, Sam Bankman-Fried, cofundador da FTX, entrou com uma ação judicial para evitar que os credores tomassem o controle de sua participação na corretora Robinhood.

Além disso, relatos apontam que Sam Bankman-Fried e Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda, usaram as ações da corretora como garantia para obter um empréstimo da BlockFi, mas como este empréstimo não foi pago, a BlockFi passou a enfrentar problemas financeiros, incluindo um pedido de recuperação judicial, e reivindicou as ações para si. A FTX também e o credor da FTX, Ben Shimon, também reivindicou a propriedade das ações.

A corretora Emergent – ED&F Man Capital Markets – congelou a participação da Robinhood (HOOD) no meio de novembro, logo após a FTX e a Alameda Research entrarem com pedido de recuperação judicial. Isso ocorreu devido a alegações de que Sam Bankman-Fried teria tentado vender essas ações através do aplicativo Signal antes da FTX entrar com o pedido de recuperação judicial.

No entanto, ao longo do processo que SBF vem enfrentando junto à justiça americana, as ações foram citadas diferentes vezes como “bloqueadas” pela Robinhood.

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