A União Europeia vem debatendo uma proposta que visa combater o uso de stablecoins nos países que fazem parte do bloco.
Essa proposta está em discussão e o debate levantado pelas autoridades monetárias que compõem o bloco visa a proibição de uma forma de utilização mais específica das stablecoins, que é o staking.
O staking é um tipo de investimento feito utilizando criptoativos e que reverte parte da aplicação em taxas de juros que podem ser bastante atraentes para investidores.
No entanto, como qualquer outro tipo de aplicação financeira, esse tipo de investimento tem riscos associados que, em nome de altas taxas de rendimentos, muitas vezes são ignorados pelos investidores.
Se a proposta que está em discussão pelas autoridades econômicas da União Europeia for aprovada, o staking de criptomoedas, como um todo, será banido do sistema financeiro criptográfico dos países que fazem parte do bloco.
Isso também, estima-se, irá afetar as maiores exchanges descentralizadas em operação, bem como as exchanges mais tradicionais, que operam com criptomoedas.
Dessa forma, os efeitos dessa decisão podem ser catastróficos para o mercado como um todo, sobretudo por ser este um momento mais sensível para cotações das principais criptomoedas, que estão enfrentando baixas históricas.
De acordo com Patrick Hansen, chefe de estratégia para o mercado DeFi na Unstoppable Finance, amanhã, dia 30 de junho, a decisão a respeito da suspensão das atividades de staking na União Europeia será anunciada em uma reunião que deverá contar com representantes do Parlamento Europeu e que será a última a discutir o processo de regulamentação das criptomoedas no território.
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Seria o fim das operações com criptomoedas na União Europeia?
Ainda é bastante difícil prever quais serão os próximos passos em relação à utilização das criptomoedas no bloco europeu e, pelo menos até este momento, as principais questões relacionadas ao tema já passaram por discussões para que possam se tornar lei em um futuro próximo. Além das criptomoedas, que passaram a ser o alvo da União Europeia, a busca pela regulamentação da venda e da utilização de NFTs também deverá passar pelo bloco.
O principal objetivo da autoridade econômica do bloco é o de proteger os consumidores desse tipo de criptoativo, ainda que, para isso, seja necessário exigir que as plataformas que comercializam NFTs tenham licenças especiais para a sua atuação.
Ao mesmo tempo, vale dizer que operar com criptomoedas como Bitcoin e Ether não está no centro dessa discussão e, na verdade, tampouco foi considerada, visto que países que integram o bloco são mundialmente vistos como grandes exemplos de integração com novas tecnologias financeiras.
No entanto, ainda que a proibição não esteja em pauta, o que realmente se discute são as condições em que cada tipo de ativo deverá operar e que, certamente, irá ditar o tom de outras economias globais em relação à forma de regulamentar operações criptográficas.