Atualizado em 11/05/2022 por Ana Luiza
O token LUNA, da blockchain Terra, viveu um dos maiores pesadelos de todas as criptomoedas: derreter. Com uma baixa de 95%, o token alcançou 1,70 dólares na manhã de quarta-feira, o seu menor valor desde setembro de 2021, quando caiu no gosto dos investidores por ser uma criptomoeda muito promissora.
As criptomoedas, de forma geral, estão caindo há pelo menos uma semana, sobretudo por conta do movimento de queda do Bitcoin – que é, indiscutivelmente, a principal criptomoeda do mercado -, que está desde então testando o limite de 30 mil dólares.
Mas mesmo esse movimento catastrófico do Bitcoin não é nada em relação ao que o token LUNA, da blockchain Terra, vem enfrentando nas últimas 24 horas.
Isso porque, a 12ª principal cripto do mercado – em termos de capitalização, vale dizer – está enfrentando um verdadeiro colapso, o que fez com que o token tivesse desvalorização recorde de 45% (sendo 60%, um cenário ainda pior, no acumulado da semana).
Quando analisamos as 500 principais criptomoedas do mercado, essa é a pior queda já registrada nos últimos anos e cria um verdadeiro abismo para outras criptos, que podem ser simplesmente tragadas por esse movimento que o LUNA está vivenciando – e arrasando com seus investidores, vale lembrar.
Essa movimentação do mercado nas últimas 24 horas fez com que, na terça-feira pela manhã, a criptomoeda LUNA chegasse à marca dos 26,91 dólares, o que significa que ela atingiu o mesmo status de valorização que tinha em meados de setembro de 2021.
Ainda que isso seja factível com qualquer tipo de investimento, é sempre interessante lembrar que há pouco mais de um mês, em 5 de abril, a cripto comemorava sua máxima histórica ao atingir a marca de 119,39 dólares – o que representa, em relação ao seu valor de mercado hoje, uma queda de 98,8%. Isto é: derreteu.
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A queda do token LUNA também impacta nas perdas acumuladas pelo TerraUSD, que agora não conta mais com paridade em relação ao dólar
Além do token LUNA, outro produto essencial da blockchain Terra é a sua stablecoin, chamada de TerraUSD. Tal como qualquer outra stablecoin, seu valor sempre tem sua valorização atrelada a algum outro tipo de ativo ou mesmo a uma moeda fiduciária. No caso da TerraUSD, a paridade era com o dólar. Era. É importante frisar.
Isso porque, com a queda no valor do LUNA, ocorreu também a perda do vínculo entre o valor da TerraUSD e o dólar, moeda fiduciária a qual ela estava fixada.
Todas as stablecoins geralmente contam com um sistema de paridade de um dólar e são lastreadas por ativos do tesouro nacional, dívidas em dólar ou mesmo no próprio dólar, o que faz com que, em momentos de estresse, a stablecoin consiga liquidar rapidamente seus fundos, mantendo a sua valorização.
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