Atualizado em 19/01/2023 por Ana Luiza
A aquisição do Twitter por 44 bilhões de dólares feita por Elon Musk em 2022 não se mostrou tão rentável quanto o esperado, já que a rede social não entrou na lista das 500 marcas mais valiosas do mundo, segundo a consultoria Brand Finance.
Este ano foi turbulento para o setor de tecnologia, com grandes empresas como Apple, Facebook e Amazon perdendo bilhões de dólares em valor de mercado. O Twitter foi uma das poucas empresas de tecnologia a sair da lista, juntamente com o Snapchat, e nenhuma das duas foi avaliada em mais de 5 bilhões de dólares.
No entanto, a Tesla, montadora de Musk, se destacou entre as marcas que mais ganharam valor em 2022, alcançando 66,2 bilhões de dólares, um aumento de 44% em relação ao ano anterior.
Embora o setor de tecnologia esteja passando por dificuldades, ele ainda é o que possui a maior representação entre as 500 empresas mais valiosas do mundo, com 14,8% delas. O varejo e o setor bancário ficam em segundo e terceiro lugar, respectivamente, com 13,2% e 12,3%.
No entanto, houve exceções no meio da desvalorização das marcas, como a Instagram e a LinkedIn, que cresceram em valor de mercado em 2022. A plataforma do grupo Meta, antiga Facebook, teve um aumento de 42% em seu valor, enquanto a LinkedIn, voltada para o mercado de trabalho, viu sua cotação subir 49% no ano.
Twitter também perdeu mais de 500 anunciantes desde que a rede foi adquirida por Elon Musk
De acordo com uma fonte próxima ao assunto, publicada pelo site de tecnologia The Information, desde a aquisição do Twitter por Elon Musk no ano passado, mais de 500 anunciantes da rede social decidiram parar de investir em publicidade na plataforma.
De acordo com o site The Information, a receita diária do Twitter em 17 de janeiro deste ano foi 40% menor do que na mesma data do ano anterior. Representantes da empresa de mídia social não se pronunciaram sobre o assunto.
De acordo com uma fonte próxima ao assunto, desde que Elon Musk assumiu o Twitter em outubro, mais de 500 anunciantes decidiram parar de investir em publicidade na rede social devido as ações tomadas pelo bilionário na empresa.
Essas ações incluíram a demissão imediata de milhares de funcionários e a comprometimento do sistema de selos de verificação de contas, o que resultou em golpistas se passando por empresas no Twitter.
Recentemente, o Twitter reverteu a proibição de anúncios políticos, criada em 2019 e anunciou que relaxaria sua política de publicidade para “anúncios baseados em causas” nos Estados Unidos, alinhando-a com as diretrizes de publicidade da televisão e outros meios de comunicação.