Atualizado em 25/06/2022 por Redação
A maior corretora dos EUA, a Coinbase, demitiu 18% de todos os seus funcionários. Já a Crypto.com colocou na rua 260 funcionários. E, se não for alarmante o suficiente, a Binance paralisou operações com Bitcoin no fim de semana. E o que tudo isso tem a ver, cada coisa com o cenário como um todo? Estamos tratando da crise das criptomoedas, que estava dando alguns indícios de que iria acontecer e que agora é algo muito concreto.
Há quem diga que esse é o momento mais oportuno para comprar criptomoedas, aproveitando o movimento de baixa que atinge o mercado como um todo, enquanto há quem diga que a crise das criptomoedas é muito mais do que um teste do mercado e que, sim, chegou para ficar e que todo o sistema cripto está em jogo.
Falando em jogo, talvez as únicas empresas que não estão cortando saques nesse inverno cripto são as casas de apostas que usam criptomoedas como depósito. Muita gente se pergunta, por exemplo, se um site como o 1xbet é confiável, e podemos dizer que isso foi provado agora durante o inverno cripto.
2022, é fato, tem sido um ano um tanto quanto caótico no mercado de criptomoedas e apenas nesses seis primeiros meses assistimos um dos projetos mais interessantes e promissores lançados nos últimos anos, o Terraform Labs derreter e acompanhamos a série histórica de mais baixas das principais criptos do mercado, Bitcoin e Ether.
Mas apenas nesses 14 dias do mês de junho o Bitcoin, em particular, alcançou uma desvalorização de mais de 30%, sendo esse o ritmo de queda mais impressionante de toda a sua história.
Isso está colocando sob pressão até mesmo investidores de longo prazo, que sustentaram a criptomoeda até mesmo em momentos bastante obscuros, mas que, agora, enxergam a situação de uma maneira bem mais pessimista.
A crise das criptomoedas coloca empregos e economias em xeque
El Salvador, por exemplo, que adotou o Bitcoin como moeda fiduciária no ano passado, 2021, viu suas reservas financeiras encolherem mais de 50% e, conforme noticiamos no começo da matéria, exchanges realmente importantes e conceituadas no mercado tiveram de demitir funcionários.
Outras empresas relacionadas ao mercado criptográfico também deram indícios de que algo ainda pior se aproxima, como a corretora Gemini e uma financeira voltada para o mercado cripto, a BlockFi.
Esses movimentos atingem também em cheio o mercado financeiro mais tradicional, que tem sido afetado com a desvalorização de empresas de capital aberto voltadas para o criptomercado.
Um desses exemplos é a própria Coinbase, que teve desvalorização de cerca de 80% das suas ações neste ano, o que foi motivado pelas frequentes crises envolvendo o mercado de criptoativos, como a que fez com que o token USD e LUNA desaparecessem do mercado em suas versões clássicas e fez com que o Bitcoin tivesse mais de 50% de desvalorização em relação à sua alta histórica, ocorrida em novembro do ano passado.
A crise das criptomoedas pode ter diferentes motivações, é fato, mas, ainda assim, é algo que deve deixar alerta tanto investidores quanto entusiastas, que devem buscar por formas de proteger seu patrimônio investido.